sexta-feira, maio 14, 2010

DR1 - VALORES ÉTICOS E CULTURAIS



Ao pensarmos hoje a convicção e a firmeza ética não o podemos fazer dissociadamente do legado de Immanuel Kant (22 de Abril de 1724 – 12 de Fevereiro de 1804), pois acreditamos que o imperativo ético, que impõe a cada momento universalidade de cada acto humano como critério de moralidade, se estabelece como um crivo estreito para julgar cada um dos nossos actos nos vários âmbitos da nossa vida privada, profissional, institucional e macro-estrutural.

“Age de tal forma que a máxima da tua acção seja, ao mesmo tempo, critério de lei universal para todos” (I. Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes)

Ética
O adjectivo ética, na linguagem comum, é aplicado a comportamentos/posturas das pessoas, numa referência à realidade humana na sua plenitude/totalidade.
A palavra portuguesa deriva de dois termos gregos muito semelhantes no seu significado e pronúncia. Éthos significa hábito ou costume - entendidos, com uma certa superficialidade, como maneira exterior de comportamento; êthos tem um significado mais amplo e rico: o de lugar ou pátria onde habitualmente se vive e o carácter habitual (ou maneira de ser ou atéforma de pensar) da pessoa. Assim, ético tem que ver com o modo ou forma de vida, no sentido mais profundo da palavra, compreendendo as disposições do homem na vida, o seu carácter, costumes e, claro, também a moral.
O tema nuclear da Ética são os actos do ser humano, enquanto ser possuidor de razão. Os actos que são livres e, enquanto tais, "correctos" ou "incorrectos", "justos" ou "injustos" - de um modo mais simples, "bons" ou "maus".
Portanto, a Ética estuda o Bem e, assim, o seu objectivo é a virtude na condução da vida, facilitando a realização das pessoas: que o ser humano consiga a perfeição, isto é, a realização de si próprio como tal, como pessoa.

Moral
"Conjunto das regras às quais te submeterias mesmo que fosses invisível e invencível", a moral "não existe basicamente para punir, para reprimir, para condenar. Para isso há tribunais, polícias, prisões (...). A moral começa onde nós somos livres", distingue-se do direito. Não é necessário/possível fundamentar a moral: não é, por exemplo, "a religião que fundamenta a moral; pelo contrário, é a moral que fundamenta ou justifica a religião".

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